A discriminação pode surgir de inúmeras maneiras e lugares, incluindo o ambiente de trabalho. Seja por meio de uma fala, um olhar ou um gesto, de forma preconceituosa, por conta do gênero, raça, idade, etnia, deficiência ou religião de uma pessoa, são considerados atos discriminatórios e que não devem ocorrer.

Obviamente, são formas de tratamento dolorosas e que causam consequências negativas para as vítimas.

Portanto, aqueles que sofrerem qualquer tipo de discriminação têm seus direitos garantidos por lei. E é sobre isso que falaremos ao longo deste conteúdo. Fique atento(a)!

O que caracteriza discriminação no ambiente de trabalho e quais os tipos

A discriminação no ambiente de trabalho pode ser caracterizada como atitudes preconceituosas que atuam no diferenciamento de uma pessoa por algum motivo. Contudo, vale ressaltar que se trata de uma ilegalidade, violando os direitos de cada indivíduo.

Esses atos afetam diretamente a motivação e a produtividade empresarial, afinal, são ações manifestadas de inúmeras maneiras. Confira a seguir as mais comuns e utilizadas:

• Discriminação de gênero;
• Discriminação racial;
• Discriminação religiosa;
• Discriminação por idade;
• Discriminação por deficiência.

 

A boa notícia é que a Justiça do Trabalho, junto a advogados especialistas, atua no combate a esses tipos de práticas nos ambientes organizacionais. Trata-se de um problema complexo e de muita importância para os direitos trabalhistas.

Pontos negativos que a discriminação no trabalho pode causar

Como pudemos perceber até o momento, a discriminação no trabalho não é algo que viola apenas os direitos fundamentais de cada colaborador, mas também impacta de maneira profunda e negativa no bem-estar e na vida de cada vítima.

Esses efeitos podem ser físicos, profissionais ou emocionais. A seguir, confira os principais impactos que um ato discriminatório pode causar:

Problemas mentais e emocionais

Ser uma vítima desses atos preconceituosos pode lhe causar problemas de saúde mental, o que inclui ansiedade, depressão, estresse e baixa autoestima. O sentimento de exclusão afeta o desempenho no trabalho e a qualidade de vida das pessoas afetadas.

Redução da motivação e da produtividade

Quando um colaborador é discriminado, a motivação para atuar profissionalmente pode ser afetada, fazendo com que exista uma redução de produtividade e um mal desempenho da organização como um todo.

Grandes impactos na saúde física

Além de todos os problemas causados emocionalmente, a discriminação pode causar efeitos na saúde física dos colaboradores, afetando ainda a saúde ocupacional. Como resultado surgem problemas de hipertensão, dificuldade para dormir, dores de cabeça excessivas e, em alguns casos, doenças cardiovasculares.

Desequilíbrio pessoal e profissional

O estresse e a tensão causados pela discriminação podem afetar a vida fora do local de trabalho, consequentemente prejudicando relacionamentos pessoais, familiares e afetando o bem-estar de forma geral. Assim, cria-se um ciclo negativo atingindo todos os aspectos na vida dos funcionários.

Saiba como lidar com a discriminação e quais os seus direitos perante a justiça 

Infelizmente, a discriminação é algo comum, mas não deve ser encarada como um hábito normal, mais sim como um crime. Portanto, entende-se que nenhum profissional deve sofrer com esse problema nos ambientes organizacionais. Confira quais procedimentos adotar, caso isso aconteça:

• não deixe de demonstrar que a situação lhe causa incômodo;
• converse com a sua liderança (somente se vier desse setor as agressões);
• aposte nos canais de denúncia da empresa;
• procure guardar provas de que está sofrendo discriminação no trabalho;
• busque por um advogado.

 

Caso queira reparação por conta da discriminação por meios legais, é válido ressaltar que inúmeros pedidos podem ser realizados para compensação dos danos sofridos.

Entre os principais pedidos se destacam:

• Indenização por danos morais: visa compensar todo o sofrimento causado pela discriminação. Nesse caso, o valor a ser pago pelo agressor vai de acordo com a gravidade da situação, as consequências causadas e demais considerações judiciais;

 

• Reintegração ao emprego: quando houver demissões injustas, é possível solicitar a reintegração ao trabalho. Esse é um método que tem como objetivo realocar a vítima para o mesmo cargo ou para uma posição semelhante, tendo seus direitos retornados sem nenhum prejuízo financeiro presente na sua demissão;

 

• Oportunidade de carreira ou promoção: quando a discriminação causa prejuízo ao colaborador, é possivel pedir uma promoção ou acesso às oportunidades perdidas, sempre visando corrigir desingualdade que surgiram por meio da discriminação;

 

• Punições aos empregadores: sim, é possível que o empregador pague pelas práticas discriminatórias, o que inclui sanções administrativas, multas e ações corretivas. No caso das punições, o foco é fazer com que novas práticas não mais   ocorram;

 

• Solicitação de mudança das políticas e práticas da empresa: no caso de discriminações, resultado de práticas institucionais, pode-se pedir que as mesmas sejam modificadas, promovendo um ambiente mais inclusivo junto aos colaboradores;

 

• Indenização por danos materiais: quando a discriminação gera perda financeira, o que envolve salários, benefícios e oportunidades de negócios, é válido que a indenização seja por danos materiais, buscando uma reestruturação para a vítima.

 

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