Se você trabalha por conta própria, presta serviços como freelancer, faz bicos ou atua como profissional liberal sem vínculo empregatício, você é considerado um trabalhador autônomo. 

Essa categoria representa uma parte importante da força de trabalho brasileira e, apesar de não ter as mesmas garantias de um empregado com carteira assinada, o trabalhador autônomo tem sim direitos previdenciários — desde que contribua para o INSS.

Neste conteúdo, será possível entender quais são esses direitos, como fazer a contribuição previdenciária de forma correta e quais os benefícios que isso pode garantir para o seu futuro. Ótima leitura!

Quem pode ser considerado trabalhador autônomo?

O trabalhador autônomo é aquele que presta serviços por conta própria, assumindo os riscos do seu próprio trabalho, sem estar subordinado a um empregador. Exemplos comuns incluem:

Mesmo que você tenha clientes fixos, se não há um vínculo empregatício formal, você é considerado autônomo.

Contribuição para o INSS, mesmo sendo autônomo

Grande parte dos trabalhadores pensam que, por não ter carteira assinada, não precisam se preocupar com o INSS. Mas essa visão não é certa. 

Isso porque a contribuição previdenciária é a porta de entrada para diversos direitos e benefícios garantidos pela Previdência Social.

Mas, com uma contribuição regular para o INSS, o trabalhador autônomo passa a ter direitos, como:

Mais do que garantir uma aposentadoria no futuro, o autônomo também passa a contar com uma rede de proteção social em casos de imprevistos.

Autônomo e a contribuição para o INSS

A contribuição do autônomo para o INSS é feita por meio do Carnê GPS (Guia da Previdência Social), diretamente pelo aplicativo Meu INSS ou pelo site da Receita Federal.

Existem dois caminhos principais que são:

Contribuinte individual

É a forma mais comum. O autônomo contribui como pessoa física, com as seguintes  alíquotas:

MEI – Microempreendedor Individual

Caso o autônomo seja formalizado como MEI, ele paga uma contribuição reduzida:

O MEI, praticamente, tem direito aos mesmos benefícios que o contribuinte individual, exceto à aposentadoria por tempo de contribuição (a menos que complemente o valor com guia extra).

Direitos do trabalhador autônomo contribuinte

Engana-se quem pensa que os trabalhadores autônomos que contribuem para o INSS não têm direitos.

A seguir, veja de maneira detalhada, quais os principais direitos que o autônomo garante sendo um contribuinte:

Aposentadoria

O autônomo pode se aposentar por idade ou por invalidez. Em 2025, a regra geral é:

Tem-se ainda a possibilidade de aposentadoria por invalidez permanente, desde que fique comprovado por perícia médica do INSS.

Auxílio-doença

Caso o autônomo fique temporariamente incapacitado para o trabalho por motivo de saúde, ele passa a ter direito ao auxílio-doença, desde que tenha contribuído por pelo menos 12 meses e esteja com as contribuições em dia.

Salário-maternidade

Mulheres autônomas que contribuem regularmente têm direito ao salário-maternidade por 120 dias nos casos de nascimento do filho, adoção ou aborto espontâneo dentro dos termos da lei.

Pensão por morte e auxílio-reclusão

Esses benefícios são destinados aos dependentes do contribuinte, como cônjuge, filhos menores ou com deficiência. São garantias importantes para proteger a família do autônomo em momentos delicados.

Contudo, caso o trabalhador pare de pagar o INSS, ele perde a qualidade de segurado após um determinado período, o que o impede de acessar os benefícios. 

O tempo de manutenção da qualidade de segurado varia entre 6 e 36 meses, dependendo do tempo que já contribuiu e de outras condições.

Mas, a boa notícia é que pode retomar os pagamentos, inclusive com pagamento retroativo, em algumas situações. No entanto, é importante conversar com um profissional antes de tomar qualquer decisão a fim de avaliar o que é mais vantajoso.

Vai começar a contribuir? Então, atenção às dicas!

Se você é autônomo e deseja começar a contribuir, siga esse passo a passo simples:

  1. Acesse o site ou app Meu INSS;

  2. Cadastre-se como Contribuinte Individual;

  3. Gere a guia para pagamento (GPS) com o valor escolhido;

  4. Faça o pagamento mensalmente até o dia 15 do mês seguinte ao da competência.

Assim, entende-se que ser autônomo no Brasil traz muitas vantagens, como flexibilidade e independência. Mas, é fundamental garantir segurança e proteção, e isso só é possível com a contribuição previdenciária.

Ao pagar o INSS regularmente, o trabalhador autônomo assegura uma aposentadoria digna e proteção em momentos de necessidade. É um investimento para o futuro e uma forma de cuidar de si mesmo e da sua família.

Se você ainda não contribui, comece agora. Clique aqui, tenha orientação jurídica e dê o primeiro passo. Seu futuro agradece!

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