Ao longo da vida, muitos brasileiros contam com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) como principal fonte de renda após a aposentadoria ou em casos de incapacidade. 

No entanto, nem sempre o valor concedido pelo benefício corresponde ao que realmente deveria ser pago. É nesse cenário que surge a possibilidade da revisão de benefícios previdenciários um direito pouco conhecido, mas que pode trazer um impacto significativo no bolso do segurado.

Mas afinal, será que pedir a revisão é mesmo a melhor opção? Em quais situações ela faz sentido? E quais os prazos para solicitar esse direito? Vamos entender melhor.

O que é a revisão de benefícios previdenciários?

A revisão consiste em reavaliar o cálculo feito pelo INSS no momento da concessão de aposentadorias, pensões ou auxílios. 

Muitas vezes, por falhas no sistema, falta de documentos ou interpretação incorreta da legislação, o benefício pode ter sido concedido com valor inferior ao devido.

Ao solicitar a revisão, o segurado pede que o INSS ou a Justiça analisem novamente os dados, corrigindo possíveis erros e, em alguns casos, até pagando diferenças retroativas.

A boa notícia é que foi aprovado neste mês de agosto de 2025, por meio do Texto da Medida Provisória 1296/25, o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), visando acelerar a revisão dos benefícios do INSS.

Quando vale a pena pedir a revisão?

Entenda que não são todas as situações que justificam um pedido de revisão. Antes de qualquer decisão, é essencial analisar o histórico de contribuições e verificar se há indícios de erro no cálculo. 

Alguns cenários comuns incluem:

Em resumo, a revisão é indicada quando há indícios de que o benefício concedido não corresponde ao que a lei determina.

Quais os prazos para solicitar a revisão?

A revisão não pode ser pedida a qualquer momento. Existe o prazo chamado decadencial, que é de 10 anos a partir da data do primeiro pagamento do benefício.

Isso significa que, se um segurado começou a receber aposentadoria em 2015, ele terá até 2025 para solicitar a revisão. Após esse período, perde-se o direito de questionar o valor.

Além do prazo geral de 10 anos, há também o prazo de 5 anos para cobrar valores retroativos, ou seja, mesmo que a revisão seja concedida, os atrasados pagos só retroagem aos últimos cinco anos do pedido.

Por isso, deixar para depois pode significar perder dinheiro ou até mesmo o direito de solicitar a correção.

Afinal, sempre vale a pena pedir revisão?

Nem sempre. Embora o direito exista, cada caso deve ser analisado com cautela. Em algumas situações, a revisão pode não trazer aumento significativo no valor ou até mesmo resultar em risco de redução do benefício, caso o novo cálculo seja inferior.

Outro ponto a considerar é o tempo de espera, já que revisões administrativas e judiciais podem levar meses ou até anos para serem solucionadas. 

Portanto, é fundamental avaliar se o possível ganho compensa o esforço e a paciência exigidos.

Veja como agir corretamente

O primeiro passo é buscar orientação especializada. Um advogado previdenciário pode analisar o histórico do segurado, os cálculos feitos pelo INSS e identificar se há chances reais de aumento no benefício.

Também é importante reunir documentos que comprovem vínculos de trabalho, laudos técnicos, em caso de atividades especiais, e carnês de contribuição. Quanto mais organizada for a documentação, maiores são as chances de sucesso.

A revisão dos benefícios previdenciários pode ser uma grande oportunidade para corrigir injustiças e garantir uma aposentadoria mais justa

No entanto, não é uma decisão que deve ser tomada de forma precipitada. É preciso considerar os prazos, os riscos e a viabilidade de cada caso.

Se você ou alguém da sua família suspeita que o benefício concedido não corresponde ao valor correto, não deixe passar o tempo. 

Procure orientação, avalie os cálculos e veja se realmente compensa entrar com o pedido de revisão. Afinal, garantir um benefício justo é um direito de todo trabalhador. Aproveite e acesse mais conteúdos como este no nosso blog!

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