A jornada de trabalho flexível é uma prática que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil e no mundo, principalmente com as mudanças cotidianas e a transformação digital no ambiente corporativo.
Muitas empresas e colaboradores veem na flexibilidade uma forma de equilibrar a produtividade com a qualidade de vida, promovendo dessa forma um modelo mais adequado para as necessidades individuais e organizacionais.
Ao longo deste conteúdo, vamos entender quais as regras, vantagens e muito mais sobre esse assunto tão importante!
O que é uma jornada de trabalho flexível?
Uma jornada flexível é um modelo de trabalho onde o colaborador não segue horários fixos, desde que cumpra as suas atividades ou uma carga horária previamente estabelecida.
Com isso, esse tipo de jornada pode contar com:
- Horário flexível: o funcionário pode começar e terminar o expediente em diferentes horários, mas sempre respeitando os limites acordados.
- Banco de horas: as horas trabalhadas além da carga diária podem ser acumuladas para compensações futuras, evitando as horas extras.
- Trabalho por resultado: focado na entrega de metas ou tarefas, e não no tempo que será gasto para realizá-las.
- Home office ou híbrido: permite aos trabalhadores combinarem a jornada remota com a presencial, dando mais autonomia para um gerenciamento das rotinas.
Desse modo, a modalidade de jornada de trabalho flexível consegue se adaptar às necessidades das empresas e principalmente dos trabalhadores, promovendo um ambiente laboral cada vez mais dinâmico e motivador.
O que diz a CLT?
De um modo geral, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que uma jornada normal e justa de trabalho deve ser de no máximo 8 horas diárias, somando até 44 horas semanais.
Assim, quando comparada com a jornada flexível, a jornada normal conta com algumas diretrizes presentes no Artigo 58° da CLT: “A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite”, e também no Artigo 7° da Constituição, em seu inciso XIII: “Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
Ou seja, a jornada flexível pode ser adotada sem nenhum tipo de problema, basta que ela cumpra e não ultrapasse os limites que são estabelecidos pela Lei.
Conheça as regras para implementar uma jornada flexível
A legislação brasileira regula a jornada de trabalho por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mas, após a Reforma Trabalhista, algumas práticas relacionadas à flexibilidade foram formalizadas, permitindo uma maior liberdade na relação entre funcionários e empregados.
Sendo assim, as regras para implementar essa jornada são:
- Acordo individual ou coletivo: a jornada flexível deve ser formalizada por meio de um contrato individual ou acordo coletivo, especificando as regras da empresa e os limites de flexibilização.
- Carga horária semanal: uma jornada regular de 44 horas semanais ou de 220 horas mensais deve ser respeitada, salvo em casos que tiverem acordo entre as partes.
- Pausas e intervalos: as pausas para almoço, por exemplo, devem ser respeitadas conforme a carga horária diária. Portanto, trabalhos de até 4 horas diárias não demandam a pausa, já as jornadas entre 4 e 6 horas exigem um intervalo de no mínimo 15 minutos, enquanto jornadas com mais de 6 horas demandam um intervalo de 1 a 2 horas.
- Limite de horas diárias: o limite máximo de horas trabalhadas por dia é de 8 horas, com exceção de acordos que demandem jornadas diferenciadas, como a jornada 12×36 em que o colaborador trabalha 12 horas e descansa 36 horas.
- Trabalho remoto: a formalização do trabalho remoto precisa estar no contrato de trabalho, incluindo detalhes sobre equipamentos, despesas e as regras de produtividade.
Vantagens em optar pela jornada flexível
Optar pela jornada flexível é proporcionar ainda mais benefícios às empresas e aos colaboradores. Entre esses benefícios podemos destacar:
- Aumento da produtividade: trabalhar em horários que favorecem o rendimento pessoal pode melhorar a eficiência e a produtividade do trabalhador.
- Equilíbrio entre a vida pessoal e profissional: os colaboradores passam a ter mais tempo para cuidarem de si mesmo e de suas famílias sem afetar o desempenho profissional.
- Redução de custos: as empresas acabam tendo menos gastos com infraestrutura, energia e transporte, principalmente quando atua por meio da modalidade híbrida ou home office.
A jornada flexível representa um avanço significativo na maneira com que o trabalho é compreendido. Assim, empresas que adotam esse modelo, mostram-se mais adaptáveis ao mundo moderno, compactuando para uma cultura organizacional inovadora.
Mas, para que a modalidade seja positiva, as empresas e os trabalhadores devem se preparar, investir em ferramentas e habilidades capazes de maximizar os benefícios desse modelo, sem esquecer de contar com auxílio de profissionais para se manter sempre em conformidade com a legislação trabalhista.
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